
Você passou pela bariátrica, venceu a obesidade… mas o plano de saúde agora nega sua reconstrução?
Imagine enfrentar o desafio da cirurgia bariátrica, perder dezenas de quilos, recuperar a saúde… e, ainda assim, não conseguir se sentir completa(o) ao se olhar no espelho. Isso porque o excesso de pele, as dores, as assaduras e o desconforto persistem – e o que deveria ser o fechamento de um ciclo se transforma em frustração. Para piorar, o plano de saúde simplesmente diz: “isso é estético, não vamos cobrir.”
O problema está claro: a cirurgia reparadora é tratada como vaidade, e não como parte essencial do tratamento.
A dor se aprofunda: a negativa do plano agrava não só o sofrimento físico (com infecções, limitações e dores), mas também o emocional. Muitos pacientes desenvolvem ansiedade, depressão e bloqueios sociais. O sonho da autoestima plena parece cada vez mais distante.
A solução começa com um passo simples, mas poderoso: reunir os laudos médicos certos.
Cirurgia reparadora é saúde. E o que prova isso? Os laudos.
A verdade é que os planos de saúde só conseguem negar a cobertura enquanto você não apresenta provas médicas concretas da necessidade do procedimento. E é exatamente isso que os laudos fazem: eles comprovam, de forma técnica e inquestionável, que aquela cirurgia não é vaidade, mas uma etapa vital para sua qualidade de vida.
Você sabia que, com a documentação correta, a chance de aprovação da cirurgia aumenta exponencialmente – inclusive na Justiça?
Quais laudos são essenciais para sua cirurgia reparadora?
Abaixo, listamos os laudos que formam um verdadeiro “dossiê de aprovação” para quem precisa de cirurgia reparadora após a bariátrica:
1. Laudo do cirurgião plástico
Descreve a quantidade de pele excedente e seus impactos;
Aponta riscos de dermatites, infecções, dores e limitações;
Justifica que a cirurgia tem natureza funcional e reparadora.
2. Relatório do médico que acompanhou a bariátrica
Confirma o histórico da obesidade mórbida e a perda significativa de peso;
Declara que a cirurgia plástica é parte complementar do tratamento.
3. Laudo dermatológico (se houver lesões de pele)
Demonstra que o excesso de pele causa problemas crônicos de pele;
Reforça a urgência da intervenção.
4. Laudo psicológico
Mostra o impacto emocional da condição atual (baixa autoestima, isolamento, quadros de depressão ou ansiedade);
Prova que a cirurgia é fundamental para o bem-estar mental.
5. Fotografias clínicas
Imagens feitas por profissional médico;
Ilustram visualmente os efeitos do excesso de pele e a necessidade da cirurgia.
6. Exames complementares
Ultrassonografias, relatórios ortopédicos ou de fisioterapia que comprovem dores, desvios posturais ou outros efeitos físicos da pele em excesso.
O que fazer se o plano de saúde negar mesmo com os laudos?
Se você já tem os laudos médicos em mãos e mesmo assim recebeu uma negativa, não aceite o “não” como definitivo. A recusa pode ser revertida – e o tempo conta a seu favor!
Passo a passo para reagir à negativa do plano de saúde:
1. Solicite a negativa por escrito;
2. Registre uma queixa na ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar);
3. Consulte um advogado especializado em direito à saúde.
O Judiciário, especialmente após o Tema 1.069 do STJ, tem reconhecido a obrigação dos planos em cobrir cirurgias reparadoras pós-bariátricas quando comprovada sua necessidade.
A cirurgia reparadora é um direito de quem passou pela bariátrica e sofre com os impactos do excesso de pele. Com os laudos certos e apoio jurídico especializado, é possível transformar o “não” em um “sim definitivo”.
FONTE: https://www.migalhas.com.br/depeso/427110/negativa-de-cirurgia-reparadora-pelo-plano-de-saude